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sábado, abril 20, 2024

A NECESSIDADE DE UMA NOVA ECONOMIA

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A pandemia do Coronavívus escancarou as péssimas condições em que vivem milhares de brasileiros, os quais buscam e batalham diariamente meios de subsistência. A realidade perversa mostra que estão espalhados em vários lugares, nos subúrbios dos estados mais ricos e nos cantões do menos desenvolvidos.

O discurso raso de que o mercado resolve tudo, não sobrevive a qualquer prova de conceito real, dada a insuficiência de lidar com variáveis diferentes dos modelos tracionais e característicos da nossa realidade, como a alta informalidade e criatividade para geração de renda.

O Estado, com a sua fome voraz arrecadatório, tornou-se sócio das pessoas e empresas e deveria prover os recursos, igualando-se a um fundo de segurança nestes momentos de crise. Mas, a realidade mostra que os recursos são gastos e desviados para o seu próprio custeio e acessórios.

A paralisia das economias em escala mundial, demarca um novo ciclo de empobrecimento e cabe ao Estado o papel de resistir a este cenário com políticas anticíclicas e utilizando do seu arsenal de políticas monetárias e organização do impacto fiscal.

A prioridade no momento é atuar em duas vertentes com efetividade: investimentos na saúde e mitigação de impactos econômicos nas pessoas, medidas demandantes de recursos do tesouro com repercussão no déficit fiscal. A seguir, o desafio é manter um grau de investimento que permita estimular as atividades produtivas no país.

A equipe econômica atual do país com características liberalizantes, terá que revisitar alguns conceitos a luz de uma nova realidade e buscar novas soluções. Também, os organismos internacionais de crédito e agências precisarão relativizar os indicadores, sob o risco de matar o paciente.

Eventos como o atual causam impactos e motivam repensar modelos e conceitos, desenvolver planos estratégicos,  buscar referências no New Deal de F.D. Roosevelt, com certeza o grande ponto de ascensão da economia americana.

Dada a capilaridade da crise, devem ser traçados e coordenados ajustes em escala mundial, a liquidez precisa ser priorizada para manutenção de rendas e continuidade dos negócios. Os conceitos relacionados as políticas industriais deverão ser revisitadas, a centralização das atividades de produção é produtiva? a melhor distribuição do trabalho e sobretudo, a isonomia e regulação deverão se tornar mais evidentes?

Temos coisas positivas no Brasil, o Sistema único de Saúde – SUS é um bom exemplo, o nosso agronegócio muito competitivo, temos riquezas naturais que ofertam commodities energéticas e alimentícias em escala mundial.

Mas, considerando o tamanho da nossa população não podemos abrir mão da nossa indústria que emprega e distribui renda, não é razoável fica reféns na produção de produtos com baixa intensidade tecnológica.

ENFIM, TEMOS MUITO TRABAHO A FAZER, PRECISAMOS PRIMEIRO PLANEJAR.

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