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sexta-feira, março 29, 2024

A ESCOLA QUE PRECISAMOS E MERECEMOS TER

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O Brasil apresenta como fator estrutural da baixa competitividade, a baixa produtividade, a qual reiteramos novamente neste espaço, como a capacidade de otimizar os recursos para concepção de produtos e serviços. A produtividade de um trabalhador brasileiro comparada a um americano é de 20% ou 25% quando comparada aos alemães.

E por onde devemos começar?

A investigação dos fatores seguramente não se esgota, mas, encontrará a qualidade da nossa escola como um dos elementos centrais. O desempenho na avaliação internacional PISA evidencia que precisamos melhorar urgentemente em relação aos conhecimentos balizares da ciência, da matemática e interpretação textual.

Não é novidade, sobretudo, nos países desenvolvidos que o foco na combinação no STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) é fundamental para aproximar a teoria da prática e levar ao movimento de criar uma plataforma amigável e desejável para os estudantes. As crianças devem gostar da matemática, utilizá-la e reconhecê-la como uma ferramenta, um brinquedo a disposição. A prática acelera o desenvolvimento, a história revela que o desenvolvimento do capitalismo mercantilista na Europa renascentista influenciou o desenvolvimento da matemática.

O conhecimento da língua e domínio de padrões cultos deve ser iniciado com a comunicação cotidiana, com a valorização do conhecimento dos signos, tão importante como desenvolver a linguagem de um aplicativo é descrever realidades por meio da escrita. O conhecimento dos signos e das normas são fundamentais para desenvolver combinações e descrever parte do mundo, dado que registramos somente parcelas daquilo que sabemos.

Mas, o desafio é enorme, e começa para distinção daquilo que é essencial, em relação ao desejável, as orientações curriculares devem ser nucleadas pelas habilidades dos alunos, com o ensino ativo, para tal, os professores precisam ser preparados de forma eficiente, com a mudança da mentalidade (mindset).

Não adianta muito conteúdo e pouco aprofundamento, a qualidade do ensino irá refletir este aspecto, as escalas de conhecimento são gradativas e somativas devem ser consideradas.

O papel de instigar a conhecer por meio da vivência e com a busca de respostas em exemplos reais, a ciência utilizada como instrumento para que os estudantes conheçam o mundo e busquem novas descobertas.

O popular “borracheiro” será mais produtivo ao saber que o tamanho da alavanca tem efeito sobre a força que irá aplicar para soltar os parafusos, assim como o cozinheiro sabedor que a intensidade do calor aplicado num determinado espaço de tempo, muda as características dos alimentos.

 

 

Devanildo Damião

Doutor e pesquisador em gestão tecnológica, coordenador técnico do Conselho de desenvolvimento de Guarulhos e Coordenador de cursos de graduação e pós-graduação na FIG UNIMESP.

 

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