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segunda-feira, abril 29, 2024

VACINAÇÃO É INVESTIMENTO EM POLÍTICAS PÚBLICAS

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A gestão da qualidade foi uma das disciplinas que evoluiu em escala mundial, dado a importante articulação entre conceitos do ocidente e a aplicação em culturas orientais, alicerçado em modelos sistêmicos e processos de feedback para a melhoria contínua. Destaco aqui, no conjunto de premissas, a necessidade de que as decisões sejam baseadas em fatos e evidências.

No atual momento de pandemia, os modelos são de investigação e observação, a comunidade acadêmica atua de maneira dinâmica e com elogiável produtividade. Num ciclo anual os avanços sobre a epidemia foram enormes e culminaram com o desenvolvimento de vacinas eficazes e com segurança.

No que tange aos tratamentos, ainda, não existem fármacos eficazes, com a devida comprovação científica. Mas, existem evidências na perspectiva de que o início de tratamento nos estágios iniciais é importante para evitar a progressão da doença. A observação é componente fundamental para avanço do conhecimento na área.

Ao mesmo tempo, a vacinação em larga escala em países com alto grau de contaminação, surtiu rápidos efeitos e países como Índia, Estados Unidos, Reino Unido e Israel começam a se programar para a saída da pandemia. Logicamente, as questões de contorno como os cuidados sanitários são indiscutíveis, assim como a conscientização da população da necessidade de evita-se aglomerações.

As evidências no panorama mundial mostram que no dia 11 de janeiro ocorriam mais de 745 mil novas infecções diárias para 392.836 no dia 06 de março e redução da média de mortes diárias de 14.099 no dia 14 de janeiro para 8.808 no dia 06 de janeiro.

Com base neste cenário fica evidente que o caminho a ser seguido envolvem a vacinação em massa no Brasil, a participação relativa do Brasil nos números de novos casos diários já ultrapassa 15%, e as evidências matemáticas demonstram que os óbitos serão função das pessoas contaminadas, recebendo o nome de taxa de letalidade com variação de 2.5 a menos que 3.0% no Brasil.

A vacinação como defendido em artigo de janeiro de 2021, permitirá a retomada econômica com a incorporação dos serviços na economia, dado que importantes segmentos da cadeia produtiva estão desmobilizados e precisam retomar, o entretenimento é um componente importante da saúde e convivência social.

Outro aspecto, refere-se as políticas públicas de saúde que poderão ampliar a atuação. No último anos e de forma correta foram centralizadas para combater o COVID 19. A vacinação permitirá diminuir o stress sobre os equipamentos e profissionais de saúde para que eles possam desenvolver políticas públicas de prevenção e promoção da saúde.

Não de ignora a existência de limitação de oferta de vacinas, dado o caráter de inovação das novas tecnologias farmacológicas e demanda acima da capacidade produtiva. O protecionismo pode ser observado ao analisar que países como os E.U.A se aproximam de 90 milhões de doses aplicadas e claramente, emitiram recados de priorização para a indústria farmacêutica local.

O Brasil que está superando com dificuldades a primeira dezena de milhões aplicadas precisa desenvolver forças tarefas para alcançar rapidamente o percentual de 10% da população vacinada, buscando mitigar o jogo político entre lideranças políticas e transformando as ações para abordagens institucionais. Temos deficiências estruturais no Brasil que são seculares e não permitem o desenvolvimento completo da vacina, mas, devemos atuar nos elos em que temos competências e utilizar os nossos centros de conhecimentos.

 

 

Dr. Devanildo DAMIÃO.

Administrador, professor Universitário, pesquisador, especialista em gestão de projetos, recursos humanos e inovação. É Mestre e Doutor em gestão tecnológica.

 

 

 

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