A revolução digital é altamente pervasiva alcançando os mais diversos segmentos da economia em escala mundial. A primeira onda rapidamente modificou os processos com maior aderência a tecnologia e, em transição alterações que alteram significativamente todos os setores com a utilização de plataformas de transação e de inovação.
A relação renda e consumo está alicerçado no emprego assalariado e constitui a base da prosperidade para os cidadãos em toda a economia global, com trabalho justo e estável garantindo a subsistência de indivíduos e famílias, possibilitando o consumo e poupança.
Com o advento da pandemia acelerou-se processos, demandando velocidade nas curvas de aprendizagem dos indivíduos, como nos ensinou o gênio Clayton Christensen, o foco deve estar direcionado ao serviço a ser realizado (job to be done) com a incorporação de tecnologias que permitam satisfazer as expectativas dos usuários.
Naturalmente, inquietações emergem para avaliar a realidade futura, e no direcionamento de funções com potencial de valorização nos tempos vindouros. Importante trabalho realizou o Fórum Econômico Mundial com a publicação do relatório no início do ano de 2020, com o objetivo de mapeamento de oportunidades na nova economia.
Os agrupamentos que incorporam as profissões correlatas com maior viabilidade no futuro de acordo com o estudo são sete: 1. Dados e Inteligência artificial; 2. engenharia e computação na nuvem; 3. pessoas e cultura; 4. desenvolvimento de produtos; 5; Vendas, mercado e conteúdo; 6. Economia prevenção e Saúde; 7. Economia Verde.
As habilidades tecnológicas diferem-se de acordo com as ocupações, sendo que as disruptivas são mais comumente exigidas nos segmentos de tratamento de dados e inteligência artificial na qual constituem 45% das 30 principais habilidades exigidas e em computação em nuvem, onde a participação correspondente é de 41%.
O trabalho detalhado aponta o desdobramento nas funções e habilidades, por exemplo no segmento de pessoas e cultura, as habilidades mais valorizadas serão: especialização em recrutamento; recursos humanos; gestão de Negócios; Aprendizagem e desenvolvimento de funcionários; Liderança; alfabetização Digital; Gestão de Projetos; Gestão de Pessoas; remuneração e benefícios; línguas estrangeiras.
As informações são valiosas e permitem identificar elementos que deverão ser devidamente tratados e incorporados na formação de profissionais, devidamente alinhados com os desafios impostos pela nova economia.
Devanildo Damião
Mestre e Doutor em gestão tecnológica
Pesquisador da Universidade de São Paulo
Coordenador Universitário de curso de administração.